Esse é, sem dúvidas, mais um momento contraditório da arte de ser mãe. Mente, descaradamente, quem diz que ser mãe é só sentir prazer. Nossos filhos não são um pacotinho de felicidade instantânea, três minutos e está pronto para sorrir, se assim fosse, seria muito fácil ser mãe e não existiria heroísmo nenhum em ser criadora. Ser mãe não é pra qualquer uma, tem que ser até um pouco fraca do juízo para conseguir conviver com tantas emoções.
As contradições continuam e é definitivamente no próprio riso de quem me tira o folego, onde eu posso recarregar as baterias. Tenho pra mim, como certeza absoluta, de que eu sempre vou sentir amor, mas que nunca vou perder o contato com a raiva, já dizia o filosofo ou o poeta, ou alguém muito esperto que eu não conheci: "o amor e o raiva andam de mãos dadas, se os erros te incomodam há raiva porque há amor, se a indiferença existe não há sentimento algum."
E com a minha filha não deixa de ser assim; há raiva quando o dedo vai na tomada, há amor quando a reclamação sai da boca, não há indiferença porque há, sem dúvidas, amor demais em mim.
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