segunda-feira, abril 26, 2010

Babá, ter ou não ter?

Hoje, navegando pelos sites de informações me deparei com a seguinte notícia: Babá é flagrada maltratando bebê em Recife (por sinal, a minha cidade). Esse é o tipo de acontecimento que choca qualquer um, mas infelizmente essa é realidade de muitos pais que eu conheço. Tanto a avó materna quanto a avó paterna de Lara tiveram sérios problemas com as pessoas que estavam ali, recebendo dinheiro para auxiliar no cuidado de seus filhos; minha irmã foi queimada com cigarro e o pai da Lara era jogado contra a parede quando a infeliz se irritava com alguma birra, algo bem natural da idade. Devido às péssimas experiências de duas pessoas em que eu confio demais, e até devido à falta de recursos financeiros, me mantive a quilômetros luzes de convidar alguém para exercer esse papel.
Admito que durante um tempo eu acreditava que essa era uma saída para ter um pouco mais de liberdade sem deixar de exercer o meu papel de mãe, mas passaram os dias e hoje eu não consigo encarar a possibilidade de terceira a educação da minha filha, ainda por cima correndo um grande risco de me arrepender.

Atualmente as babás têm exercido um papel de mãe torta, cuidando do bem estar e muitas vezes da saúde do bebês, e que ao meu ver é um inquestionável erro, nada substitui o cuidado, carinho e amor que uma mãe é capaz de dar para o seu filho. Também tenho visto muitas mães incapazes de sairem sozinhas com os seus filhos, a babá virou uma fermenta para que a mãe fique apenas nos momentos de diversão com os seus filhos, deixando nas mãos da cuidadora todo o trabalho braçal (troca de fralda, banho, alimentação..). Eu me orgulho de ter em mãos o poder de passear sozinha com a minha filha, sem depender de ninguém, já que nos conhecimos de uma forma profunda e real, como deve ser.

Claro que existem situações e situações, muitas vezes não há opção, não há avôs dispostos a auxiliar e temos que fechar os olhos, orar e confiar que nada vai sair errado. Em breve estarei me dedicando ao trabalho e por escolha (já que decidi ficar longe da labuta para me dedicar aos estudos e principalmente a Lara) ela estará com idade para passar as tardes na escolinha e graças a minha mãe (que me ajuda nos cuidados da pequena) eu poderei lutar pelo nosso futuro tranquila, tendo a certeza que ela nunca irá me desapontar, já que é importante ter nessa jornada pessoas de confiança.

3 comentários:

Fabi da Juju disse...

Oi amiga querida,

Desculpe o sumiço, ando correndo muito atrás da Juu por aqui...rs.

Mas quero te parabenizar pelafesta
Tava tudo DIVINO....e a Larinha linda demais..

Sobre babas, tem que ser alguém DE MUITA confiança...

Bjao

Letícia disse...

Só hoje estou sabendo que você é de Recife! Adorei sua cidade!
Bjs

Natália disse...

Ei, Ananda.
É... imagino que é uma decisão difícil, especialmente para quem não tem opção, como você comentou no último parágrafo.

Não sou mãe mas, já me peguei observando o aspecto comentado por você, sobre babás:

Certa vez presenciei um fato lamentável: criança preferindo o colo da babá que o da própria mãe.
Felizmente essa babá parecia amar e cuidar muito bem da criança mas, imagino o que a relação mãe e filha tinha se tornado (e mais, o que seria no futuro).

Ótimo depoimento no seu texto.

Abraços.