sexta-feira, novembro 13, 2009

Doce Novembro, dengo lindo.


Me lembro de quando Larinha nasceu; o mês de Abril se tornou doce. O mais doce do ano, o escolhido pra guardar a lembrança mais apavorante e deliciosa da minha curta existência. Hoje, estamos em Novembro, o ano passou rápido demais. Não tenho mais o nenenzinho de colo que dormia e comia o tempo todo, agora eu tenho uma nininha trelosa, sapeca e .. manhosa. Bingo! Acerta quem diz que os vôzinhos estragam os netinho. E eu que achava que ia ser diferente, mas porque seria? Minha mãe não consegue ir ao posto de saúde sem ficar gritando do outro lado do corredor: "Larinha, olha vovó aqui!!!!" - caretas e bezouros não faltam neste momento. Meu pai chega em casa e a primeira fala da noite é: "vou tomar banho, trocar de roupa e pegar Larinha", minha irmã, que também é madrinha da baby, não deixa ela chorar no berço e ainda tira ela toda vez que eu coloco no espaço de brincar.

Alguém poderia me explicar qual é o mal que afeta a cabeça dos familiares pós nascimento de uma criança? Eu me mantenho firme e forte, dou carinho, amor, colinho, até um pouco de dengo, mas sei que a vida não vai abrir os braços para todos os desejos da minha pequena. Além disso, muita gente pode me chamar de doida, mas eu me recusso a sair escondida para conter as lágrimas da minha filha, não é por maldade, mas quando eu saiu de casa eu converso com ela; explico que eu estou saindo para tal canto, ou certo lugar, ou estou apenas indo resolver algum problema, mas que eu vou voltar, porque eu sempre volta pra ficar com ela e certamente nunca a abandonarei. Ela me olha como se entendesse tudo o que eu falei, mas as vezes não se da por vencida. Hoje mesmo o argumento resolveu! Ela me deixou sair de casa tranquila e ficou no colo do vovô, que com certeza ganhou duas horas para "estragar" ainda mais a minha cria.

E assim vou levando a vida, eles estragam eu conserto, eles me ajudam e eu agradeço... Cada dia que se passa ganho mais e mais uma dengosinha, mas algo me intriga; Como até fazendo birra ela consegue ser tão linda e especial? Ah, a incrível arte da maternidade... fazendo careta, bezourinho e rodopios no salão (o nosso salão é especial, será citado muitas vezes por aqui), vamos aprendendo e ensinando. Hoje tive a certeza de que estou aprendendo muito mais do que ensinando, talvez isso não seja o correto ou o justo, mas onde está o certo na arte de ser mãe? Se você encontrar ou souber, me avisa, ou não! Pois, com certeza nem assim eu vou parar de procurar. Lara é única e se existem excessões para as regras é nelas que ela se encaixa.

3 comentários:

Karina disse...

Oi! Obrigada pela visita! Adoro seus textos.
Um beijo. Bom fim de semana, para você e sua Larinha!!!

Simone Collet disse...

q foto linda da Larinha.. eu vivo me perguntando pq vô só estragaaaa.. souberam me criar tão bem e agora decidiram atrapalhar? hihihihihiihhi! minha mãe fala q vó é mãe com açúcar, mais doce.. e tb por ser mãe duas vezes minha mãe acha q pode "estragar" a Bia.. A gente "sofre" né!! Sofrer assim é bom.. somos mulheres d sorte.. temos a familia do nosso lado.. você escreve tão lindamente.. parece musica pra mim.. estava com saudade daqui, mas estou muito na correria!!! BJOCAS

Marília de Barros disse...

Mãe é mãe né?! Cria a filha, dá denguinho, mas sabe educar. Avós, tios, família, deseducam! hhauhauahuahau... é assim: pq eu vou dar bronca na minha sobrinha ou a deixar chorando, ou mesmo deixá-la largada no quadrado? eu quero que ela me ame, e só tenha lembranças boas de mim, não estou com ela o tempo inteiro, então vou mimar bem muito, e a mãe que se vire pra aguentar o dengo! =P
amo demais, já tou morrendo de saudades de larinha me babando =D