sábado, março 19, 2011

1 ano e 11 meses.

Este é o último mensário na casa do 1 da gordinha. 
Muitas coisas mudaram e ter uma filha ainda me assusta em alguns aspectos, principalmente pela velocidade em que as evoluções acontecem. Há duas semana atrás Lara balbuciava, muito mais do que falava. Agora ela fala, pouco pede, sempre impõe. Uma personalidade forte, já observada desde os seus primeiros meses, dá o alerta vermelho: é preciso ter pulso firme, ela dobra fácil qualquer um. Um jeitinho meigo, doce e encantador, um ciúme incontrolável e mania de posse, tudo se torna "é meu, é minha". Engraçado notar as preposições e tempos verbais brincando em sua boca, a gramática perfeita não é requisitado para um bebê e isso me permite jogar com as palavras ao seu lado. 

Uma confusão de sentimentos, talvez seja isso que uma criança em pleno desenvolvimento sinta. Como mãe filosofo sobre as fantasias que criamos sobre os nossos filhos, as expectativas e desejos, mas tenho muito medo de ser permissiva ou rígida demais quando o assunto é a sua criação. Amor demais faz mal, amor de menos também, é  necessário equilíbrio e ele não vem em cápsula para facilitar o passar dos dias. Para quem acha que dedicação é ver o bico do peito rachar durante a amamentação ou sentir as contrações do parte, balela. Dedicação é ver seu filho crescer, querer sair correndo de casa, apavorada pelas mudanças, questionamentos e cobranças (não aquelas que nós impõem, as que nos impomos) e só ter uma certeza: É preciso força para moldar personalidade, criar limites, compreender e se fazer compreendida sobre o que é verdadeiramente o amor. Cheguei à conclusão nesses últimos mês que amar um filho é dizer não, é impor limites, é dar o bom exemplo, é proteger, mas também é deixar se machucar. Em suma, educar é mais difícil que sentir dor, mas com a certeza da recompensa que vem em forma de amor. 

Não sou expert, nem mãe perfeita, não tenho fórmula e não sei sobre tudo, mas seguirei tentando. Por amor. 

Ananda, mãe de corpo e alma da Lara.

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